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AUTORES:
Silvianne Raiol Pinheiro, Miriane de Almeida Pinheiro. , Edinéia de Sena Silva Lopes , Maria Alcione de Oliveira Castro
RESUMO:
O presente projeto cientifico justifica-se pela necessidade de identificar e compreender como a educação auxilia no processo de transformação social e pessoal visando o empoderamento e a valorização da mulher negra e pertencente á comunidade LGBTQIA+ no município de Igarapé-Miri, estendendo a importância em se falar de um assunto que vem tomando proporções elevadas na sociedade brasileira e principalmente na sociedade miriense, onde tem-se percebido a ocupação da mulher negra e LGBTQIA+ em várias setores na sociedade e isso vem ocorrendo de forma gradativa tendo como consequência a auto estima, o empoderamento da aceitação da negritude e o combate ao preconceito racial e social além da homofobia/lesbofobia que se é colocada também como uma derivação do machismo, uma vez que busca negar a identidade e o desejo da mulher lésbica, bissexual, assexuada, trans entre outas; tentando silenciá-la e interpelá-la a ocupar a posição de objeto de prazer masculino.
Neste sentido, falar de mulher negra e LGBTQIA+ na sociedade miriense, é sobre tudo quebrar barreiras pré-conceituais e sociais, partindo do pressuposto de que a cor da pele e a orientação sexual não define a posição social de cada indivíduo tão pouco da aos demais o direito de se sentir superior por se “enquadrar” no que a sociedade intitula como “padrão social” pois o povo que compõe a sociedade miriense é composta por sua maioria negros e mestiços frutos de uma miscigenação, e dentre desse protagonismo está a mulher negra que se autodeclara como tal e que busca sua visibilidade social através de lutas diárias, e que para, além disso, essas mulheres estão buscando cada vez mais sua aceitação na sociedade, onde as vozes e as vezes agora se tornam mais visíveis perante o enfretamento das re- existências sociais.
Ser mulher negra é deparar-se frequentemente com a não aceitação social, onde liberdade é uma utopia e muitas vezes não está posta às mulheres negras que possuem um leque de possibilidades bastante restrito, não que sejam negligenciadas, porém quando tentam se expressar raramente são ouvidas.
O preconceito, o racismo e a desigualdade social se agravam ainda mais quando as mulheres afras descentes se declaram e afirmam lésbicas, bissexuais, transsexuais, assexuadas etc…. Neste sentido, a visibilidade deste projeto é buscar conhecer e identificar quais pressuposto a educação pode auxiliar no desenvolvimento pessoal, profissional e se tornar um agente desenvolvedor de práticas educativas que preconizem a autonomia e a organização dos sujeitos que por sua vez tornam-se um desafio quando precisamos trabalhar o ser humano com suas especificidades.
Sendo assim, ser mulher negra e homossexual no Brasil não é fácil, um país que prega a igualdade de gênero e sexualidade, mas que se contradiz quando o assunto é oportunidades, sim oportunidades de acesso à educação, de mercado de trabalho, oportunidades de convívio na sociedade, oportunidade de expressão, enfim essas oportunidades são negadas em sua maioria, fez-se necessária a reflexão sobre nossas capacidades de resistência, sobretudo enquanto mulheres negras, onde a maior resistência buscada e almejada pelas mulheres pretas é o direito à vida.